Para Conhecer Melhor o Óleo Alimentar Adulterado

19/09/2014

O que é o “Óleo Alimentar Adulterado”

O “Óleo Alimentar Adulterado” pode ter várias origens:

  1. Processamento rudimentar de resíduos gordurosos flutuando em esgotos ou de restos alimentares de hotéis e restaurantes (conhecido em  geral por lavagem, ou seja, comida para porcos) para deles extrair óleo, o chamado ‘Óleo de Esgoto’;
  2. Óleo extraído de carne de porco, vísceras e peles, mediante reprocessamento;
  3. Óleo resultante de fritura prolongada, já impróprio para consumo, a que pode ser adicionado óleo fresco.

Perigos para a saúde resultantes da utilização de “Óleo Alimentar Adulterado”

  1. Como este tipo de óleo adulterado é obtido a partir de matérias de qualidade inferior ou já deterioradas, a sua qualidade é imprópria para consumo humano, embora possa ser utilizado para fins industriais ou alimentação animal;
  2. De momento não há provas científicas de que o consumo de “Óleo Alimentar Adulterado” possa causar danos imediatos ao organismo. No entanto, dado o elevado nível de produtos tóxicos desconhecidos, representa um risco potencial;
  3. No caso de se sentir mal após consumir óleo alimentar duvidoso, procure de imediato assistência médica.

Como saber que o óleo é “Adulterado” ou “Óleo de Esgoto”?

Como o óleo adulterado provém de variadas fontes e está sujeito a vários reprocessamentos, contém uma grande variedade de substâncias. De momento não se conhece um método científico, certificado internacionalmente, para testar óleos falsificados, pois a simples análise é incapaz de revelar a sua natureza, que é disfarçada com aditivos químicos.

 

Como o governo monitora a segurança do óleo alimentar em Macau?

  1. A prevenção é crucial no campo da segurança alimentar e como a maior parte dos produtos consumidos em Macau são importados, é fundamental um bom sistema de notificação regional, bem como de monitoração local. Assim, as autoridades mantêm-se em estreito contacto com os seus congéneres regionais através de mecanismos há muito estabelecidos de troca de informações e de notificações;
  2. Por outro lado, o governo continua a reforçar a inspecção de produtos importados e a sua monitoração no mercado, realizando exames regulares aos óleos alimentares para certificar a sua qualidade e garantir a segurança alimentar em Macau.

Conselhos ao público consumidor

  1. Ao seleccionar o óleo alimentar, verifique a sua cor, pois o óleo adulterado é geralmente mais escuro, túrbido e pode conter matérias em suspensão ou depósito. (Exceptua-se o óleo virgem prensado a frio, onde tal pode ocorrer naturalmente);
  2. No caso de detectar anomalias, como textura pegajosa ou mau cheiro, interrompa o consumo de imediato;
  3. Em caso de dúvida, é sempre preferível não consumir e desfazer-se dos produtos.

Conselhos para os operadores 

  1. Adquirir produtos apenas de fornecedores idóneos e guardar os registos da compra de géneros, recibos ou quaisquer documentos relevantes que possam ajudar as autoridades a determinar a origem de um dado produto em caso de necessidade; 
  2. Se necessário, exigir ao fornecedor documentos comprovativos, como certificados de higiene, certificados de origem e análise-relatório laboratorial dos produtos;
  3. No caso de qualquer operador suspeitar que possui em stock produtos falsificados, deve deixar de imediato de os utilizar, processar ou vender, devendo recolher os mesmos e alertar, de imediato, o Departamento de Segurança Alimentar do IAM.