Tendo em conta que as autoridades de Hong Kong uma vez que, a detecção de concentrações de dioxinas superiores em amostras de caranguejo-peludo-chinês.

Como surgem as dioxinas nos alimentos? A poluição ambiental, sobretudo causada por actividades industriais, não pode ser ignorada. Na abordagem tipo "Uma Saúde" – que considera que a saúde dos humanos está relacionada com a dos animais e a do ambiente – os seres humanos estão no topo da cadeia alimentar e os alimentos que comemos diariamente são afectados pela Natureza. A destruição e a poluição dos ambientes naturais ameaçam inevitavelmente a segurança alimentar a vários níveis.

O que são dioxinas?

       As dioxinas são um grupo de poluentes orgânicos e perigosos, persistentes no ambiente, e principalmente subprodutos derivados de processos industriais por via de variados processos de fabrico, incluindo fundição, branqueamento com cloro da polpa de papel e fabrico de alguns herbicidas e pesticidas. Mas as dioxinas também se podem formar durante processos naturais, como as erupções vulcânicas e os incêndios florestais.

       Das várias fontes de formação de dioxinas, a queima deficiente de lixo (resíduos sólidos e resíduos hospitalares) é em regra a mais prejudicial. Estes fumos nocivos, provenientes da incineração de resíduos, que são libertados para a atmosfera e se depositam em rios, lagos, solos, sedimentos (p.ex., de leitos de rio) e plantas (p.ex., pastagens), causam poluição ambiental. Estas substâncias nocivas presentes na atmosfera e nos solos podem penetrar, através de chuvas fortes, e concentrar-se no sistema de águas e afectar a sua qualidade e a ecologia em geral.

Por que existem dioxinas nos alimentos?

       As dioxinas são poluentes ambientais encontrados em todo o mundo e que entram na cadeia alimentar humana principalmente através de ração animal contaminada. Posteriormente acumulam-se no corpo de animais utilizados na alimentação humana, principalmente nos seus tecidos adiposos. Mais de 90% da exposição humana a dioxinas faz-se através do abastecimento alimentar, principalmente de carne, produtos lácteos, peixe e marisco.

Como reduzir os impactos causados pelas dioxinas?

       Devido à omnipresença das dioxinas, os seres humanos têm uma exposição residual a estes poluentes e portanto possuem um certo nível de dioxinas no organismo. Até ao momento, considera-se pouco provável que esta exposição residual, a níveis normais, possa afectar significativamente a saúde humana. Conforme é recomendado pela Organização Mundial de Saúde, a melhor forma de prevenir ou reduzir a exposição humana às dioxinas é através de medidas direccionadas à fonte do problema, ou seja, um controlo rigoroso dos processamentos industriais, para se reduzir a formação de dioxinas.

       No entanto, mais de 90% da exposição humana às dioxinas ocorre através da ingestão de alimentos, principalmente carne, laticínios, peixe e marisco, tornando-se assim crucial a protecção da segurança e integridade da cadeia de abastecimento alimentar. Além das medidas dirigidas para a redução das emissões de dioxinas, procura evitar-se a contaminação secundária do abastecimento alimentar em toda a cadeia alimentar. E na medida em que a ração animal contaminada é uma das causas principais de contaminação secundária dos alimentos, as empresas e entidades que produzem e comercializam géneros alimentícios e rações para animais têm uma responsabilidade acrescida de garantir a segurança das matérias-primas e a segurança dos processos durante a produção.

Como podemos reduzir o risco de exposição a dioxinas na vida diária?

       Como as dioxinas são geralmente acumuladas nos tecidos gordurosos dos animais, aparar a gordura da carne e consumir produtos lácteos com baixo teor de gordura pode ajudar a reduzir a exposição humana aos compostos de dioxina. Por outro lado, manter uma dieta equilibrada (incluindo doses adequadas de frutas, legumes e cereais) pode ajudar a evitar a exposição excessiva a uma única fonte.