As autoridades do interior da China anunciaram os resultados das análises a amostras de alimentos locais, revelando que o nível de alumínio residual em bolinhos cozidos a vapor excedia os limites de referência. Suspeita-se que fabricantes possam ter colocado aditivos alimentares contendo alumínio na farinha usada para fazer os bolos. A exposição prolongada a produtos alimentares com elevado teor de alumínio pode ter efeitos nocivos para a saúde e é particularmente prejudicial para crianças em fase de crescimento.
O alumínio é um dos elementos que ocorrem na natureza e tem ampla utilização, por exemplo, no fabrico de utensílios de cozinha e em materiais de embalagem de alimentos. Além disso, os aditivos alimentares que contêm alumínio (p.ex., sulfato de alumínio, etc.) são muito utilizados na produção de produtos de panificação e de géneros alimentícios tradicionais chineses, tais como bolinhos e pastéis cozidos a vapor. Este tipo de aditivos também é usado como agente de endurecimento, estabilizador ou agente fermentador (levedante) para as massas, suavizando a sua textura e tornando-as mais leves. Alguns dos produtos alimentares com um provável alto teor de alumínio são: os bolos e pastéis cozidos a vapor, as waffles, as bolinhas de ovo, as medusas prontos a comer, etc.
Actualmente, há certos aditivos alimentares contendo alumínio que são legais em muitos países, como os Estados Unidos, alguns países da União Europeia, a Austrália, etc. De acordo com as avaliações de aditivos alimentares realizadas em 2011 pelo Comité Misto (FAO/OMS) de Peritos em Aditivos Alimentares (JECFA, na sigla inglesa), a dose semanal provisória tolerável de alumínio (PTWI, na sigla inglesa) e que inclui os aditivos alimentares que contêm alumínio, foi fixada em 2 miligramas por quilo de peso corporal. No interior da China, onde os alimentos à base de farinha, como pão cozido a vapor, frituras fritas e massas, são o alimento básico da população, o teor residual de alumínio neste tipo de produtos alimentares é definido a um nível inferior ao PTWI (2 mg/kg de peso corporal) do JECFA, sendo estritamente proibido o uso de aditivos alimentares contendo alumínio na produção de alimentos fermentados, como biscoitos de arroz e bolos.
Embora haja relatórios de pesquisas que afirmam que as cobaias expostas a altas doses de alumínio podem ter o seu sistema reprodutivo e sistema nervoso afectados em fase de crescimento, não há até ao momento informações científicas comprovando que o teor de ingestão dietética de alumínio em seres humanos possa causar riscos graves para a saúde.
De uma forma geral e desde que se mantenha uma dieta equilibrada, é improvável que a exposição ocasional a alimentos transformados com aditivos alimentares contendo alumínio possa causar efeitos significativos para a saúde. Mas no caso de consumo frequente, há que estar consciente de um risco mais elevado de ingestão de alumínio.
Como reduzir a ingestão dietética de alumínio?
Ø Conselhos ao público consumidor
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Manter uma dieta equilibrada e diversificada, particularmente no caso das crianças nas suas diversas fases de crescimento;
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Após a compra de produtos alimentares pré-embalados, ler atentamente a "Lista de ingredientes", uma vez que esta especifica e identifica quaisquer aditivos alimentares que contenham alumínio e que tenham sido utilizados nesses produtos.
Aditivos alimentares comuns contendo alumínio, com o respectivo nome em Chinês, Português e Inglês, bem como o número de identificação, com base no Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares
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INS |
E Number |
CNS |
硫酸鋁鉀(鉀明矾) |
522 |
E522 |
06.004 |
硫酸鋁銨(銨明矾) |
523 |
E523 |
06.005 |
硅鋁酸鈉 |
554 |
E554 |
02.002 |
硅酸鋁鈣 |
556 |
E556 |
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硅酸鋁 |
559 |
E559 |
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Ø Conselhos para os operadores
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Durante a produção de alimentos, reduzir ao mínimo possível a utilização de aditivos alimentares contendo alumínio ou substituí-los por ingredientes alternativos.
006/DIR/DSA/2017