O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) detectou a bactéria Vibrio parahaemolyticus em amostras de camarões crus à moda tailandesa servidos no restaurante Chang Siam Thai. O IAM acompanhou e tratou de imediato do caso, ordenando ao restaurante envolvido que suspendesse a produção e venda dos produtos em causa e reordenasse a higiene ambiental e o procedimento de produção, a fim de evitar a propagação do risco de segurança alimentar.
 
As amostras de camarões crus à moda tailandesa que continham Vibrio parahaemolyticus foram colhidas do restaurante Chang Siam Thai, sito na Avenida de Demétrio Cinatti, e o resultado da análise não satisfez o disposto nas “Orientações sobre Critérios Microbiológicos para Alimentos Prontos a Comer", sendo classificado como insatisfatório, e concluindo que o produto apresentava riscos para a segurança alimentar. O IAM emitiu, de imediato, medidas de prevenção e controlo, ordenando a suspensão da produção e venda dos produtos de camarões crus à moda tailandesa servidos no estabelecimento de comidas envolvido, bem como exortando o estabelecimento a proceder à revisão e reorganização do estado de armazenamento dos alimentos, do procedimento de tratamento dos alimentos e da situação de higiene do pessoal.
 
A Vibrio parahaemolyticus é um tipo de bactéria halófila, amplamente encontrada em ambiente marinho, sendo uma bactéria comum que pode causar intoxicação alimentar. Os alimentos mais susceptíveis de serem contaminados por esta bactéria são os pescados, incluindo peixes, bivalves, moluscos, crustáceos, entre outros. A Vibrio parahaemolyticus não é resistente ao calor e o aquecimento completo permite eliminar a bactéria. Os pratos de marisco que não são totalmente aquecidos, tais como camarões crus temperados,caranguejos crus temperados e berbigões crus temperados, apresentam maior risco para o consumo. O período de incubação que leva à intoxicação alimentar causada por esta bactéria é de duas a 48 horas, e os principais sintomas da infecção com esta bactéria são diarreia, dores abdominais, náuseas, vómitos e febre, com a duração de dois a cinco dias. Em caso de indisposição após o consumo de marisco, deve-se recorrer a assistência médica o mais rápido possível.
 
O IAM alerta o sector para que se adoptem ingredientes crus de qualidade alimentar que possam ser utilizados na confecção de sashimi, devendo, antes de estes serem importados, ser bem conhecidas as informações sobre a origem e as especificações dos mesmos. Ao mesmo tempo, apela ao sector para cumprir o princípio de segurança alimentar da “separação entre alimentos crus e cozinhados" durante a produção dos alimentos, tratando e protegendo os alimentos de forma adequada, para evitar a contaminação cruzada.