Muitas vezes há alguma confusão entre o óleo de canola e o óleo de colza. O primeiro é um óleo criado através da hibridização da planta de colza, criado por ter baixo teor de ácido erúcico. O segundo é um óleo vegetal extraído directamente das sementes de colza e muitas vezes adicionado a rações para animais. Nos últimos anos, estudos científicos indicaram que o óleo de colza contém níveis elevados de ácido erúcico. Se for ingerido em quantidades excessivas, como se provou em animais de laboratório, pode causar danos cardíacos. Até aos dias de hoje, não há provas científicas suficientes que confirmem a relação directa entre altos níveis de ácido erúcico e estes danos, como também não está provado que possam causar o mesmo tipo de danos ao corpo humano.

       A planta de canola derivada da colza foi desenvolvida a partir do cruzamento natural e, portanto, o seu óleo, extraído das sementes, é diferente do de colza. Este óleo vegetal de cozinha é pobre em ácido erúcico (menos de 2% dos ácidos gordos totais) mas rico em gorduras insaturadas e contém ácido linoléico e ácido α-linolénico, e ainda ácidos gordos essenciais que o corpo humano é incapaz de produzir. O consumo de óleo de canola, em quantidades adequadas, é benéfico para a saúde.

Dicas de segurança alimentar

• O óleo de canola é seguro para consumo humano e os benefícios para a saúde acentuam-se com uma dieta equilibrada;
• Ao comprar óleo de cozinha, verificar se a embalagem está limpa e intacta. Ler atentamente os rótulos e tomar nota da data de validade;
• Manter o óleo em local seco e bem ventilado e evitar a exposição à luz solar directa;
• Qualquer óleo de cozinha com um odor indesejável está impróprio para consumo;
• Nas redes sociais, corre há anos, o rumor de que o óleo de canola é proibido na Europa por ser sinónimo de alguns riscos para a saúde. Instituições idóneas desmentiram este rumor, pois não há quaisquer provas científicas que sustentem tal afirmação. O Departamento de Segurança Alimentar do IAM aconselha a verificação da veracidade destas notícias, para não tirar conclusões precipitadas. 

008/DIR/DSA/2019