Como Identificar Óleos de Cozinha Falsificados

14/09/2014

          Foi noticiado recentemente pelos meios de comunicação social da China que comerciantes desonestos do Continente têm misturado vários tipos de óleos de baixa qualidade, como o da alimentação para suínos, óleo de fritos usado, vísceras comestíveis e restos de gordura oriundos de unidades de fabrico alimentar (conhecidos em geral por óleos usados) para os apresentarem como óleos alimentares genuínos e pô-los à venda no mercado. Esta prática é, na verdade, um sério atentado à saúde pública e as autoridades locais já tomaram medidas para combater a venda deste óleo alimentar falsificado, tendo chamado a atenção da população para o facto.

 

Perigos dos óleos usados

  1. O processo de tratamento dos óleos usados é feito de forma pouco higiénica e, portanto, sujeito a contaminação que, por sua vez, origina substâncias perigosas para a saúde. A ingestão deste óleo cheio de impurezas pode causar diarreia, náuseas, vómitos e várias doenças gastrointestinais;
  2. Este óleo usado é uma mistura de resíduos e substâncias químicas perigosas, como os metais pesados, que podem causar cãibras abdominais agudas, anemia e intoxicação hepática;
  3. O óleo usado contém substâncias carcinogénicas, como a aflatoxina e o benzopireno.

Que medidas tomou o Governo da China para combater o comércio ilegal de óleo usado?

Os serviços da China, com responsabilidade nesta área, têm monitorizado e controlado todas as fases de vida do produto, desde o fabrico ao consumo, tomando uma série de medidas para identificar a origem do produto de base, bem como a sua compra, armazenagem, transporte, produção e processamento, bem como ainda a venda a grosso e a retalho dos materiais de base utilizados na produção alimentar.

 

Que medidas tomou o Governo de Macau para impedir a entrada de óleos usados em Macau?

  1. Os Serviços de Inspecção e Quarentena registaram e mantêm em arquivo todos os tipos de óleos alimentares que possam ser exportados, de modo a assegurar um rigoroso controlo de qualidade e salvaguardar assim a segurança alimentar;
  2. O Governo de Macau está seriamente preocupado com os casos noticiados e os respectivos serviços já tomaram as medidas imediatas para aumentar a monitorização e realizar um controlo rigoroso de todos os procedimentos que possam contribuir para evitar a entrada em Macau de tais produtos nocivos;
  3. Manter um contacto estreito com as fontes de informação relevantes, através de um mecanismo, há muito estabelecido, de notificação e troca de informações, tomando medidas imediatas e fazendo, sempre que necessário, um acompanhamento dos casos para garantir a segurança alimentar;
  4. Tomar medidas preventivas, sensibilizando a indústria e o público, através da divulgação de informação relevante e iniciativas de esclarecimento.

Dicas para os comerciantes

  1. Assegurar-se sempre da origem fiável dos produtos e da idoneidade dos fornecedores;
  2. Manter uma prática comercial de acordo com a lei, regulamentos e orientações que hajam sido definidos.

Dicas para o público

  1. Adquira óleos alimentares de lojas conceituadas, evitando comprar produtos de origem incerta ou que sejam vendidos a preço muito baixo;
  2. O óleo alimentar de qualidade deve ser transparente. Não compre óleos com um aspecto turvo ou cujo recipiente apresente grande quantidade de sedimentos;
  3. Observe sempre o prazo de validade na embalagem e nunca consuma óleo, cujo prazo já tenha expirado;
  4. Se o óleo alimentar apresentar um odor forte, é impróprio para utilização ou consumo;
  5. Seja um consumidor avisado: não compre um óleo alimentar, se tiver dúvidas a seu respeito.

O governo, a indústria alimentar e o público devem juntar esforços para garantir a segurança alimentar!