Saiba Mais sobre a Salmonela

01/01/2019

       A salmonela é um dos mais comuns agentes causadores de doenças transmitidas por alimentos. Esta bactéria está amplamente presente em animais selvagens e domésticos, sobretudo em animais de produção alimentar (como aves, suínos e bovinos), nas suas vísceras e produtos derivados. Nas espécies de salmonelas já foram identificadas até à data mais de 2500 estirpes diferentes (chamadas "Serotipos" ou "Serovars"), das quais mais de 200 são agentes patogénicos para os humanos.

 

Impactos na saúde 

       O início dos sintomas de salmonelose ocorre entre 6 a 72 horas (em regra, 12 a 36 horas) após a infecção e a doença pode durar de 2 a 7 dias. Os sintomas são relativamente leves, e incluem febre aguda, dor abdominal, diarreia, náuseas e, por vezes, vómitos. Na maior parte dos casos, os doentes são capazes de recuperar sem tratamento específico. No entanto, em alguns casos, particularmente em crianças pequenas e idosos, a desidratação que lhe está associada pode agravar o quadro clínico e constituir risco de vida.

 

Modo de transmissão 

       O mais comum é o consumo de alimentos e água contaminados por animais ou fezes humanas. Os tipos de alimentos mais susceptíveis de contaminação incluem ovos crus ou mal cozidos/produtos à base de ovos, leite de vaca/produtos lácteos, carne/produtos à base de carne e vegetais contaminados por esterco. O armazenamento inadequado de alimentos facilita a rápida proliferação das bactérias a temperaturas elevadas, o que leva à rápida propagação. Os animais de quinta tornam-se vectores de salmonela ao consumir alimentos contaminados e propagam as bactérias durante os processos de reprodução e de abate. A via fecal-oral é um dos principais meios de transmissão entre pessoas. Nos casos de diarreia, as bactérias presentes na matéria fecal são muito mais transmissíveis do que as presentes em portadores assintomáticos.

 

Como evitar a infecção por salmonela?

 

Conselhos para o Público:

  1. Escolher de forma inteligente e garantir que a água e os ingredientes alimentares para cozinhar são seguros.
  • Adquirir alimentos apenas em lojas licenciadas e idóneas. Nunca comprar de vendedores ambulantes não licenciados;
  • Verificar se a embalagem está intacta e o seu conteúdo dentro do prazo de validade.

     2.   Manuseio cauteloso: manusear sempre de     forma separada os alimentos crus e os cozinhados, para evitar a contaminação cruzada.

 

  • Lavar sempre muito bem as mãos, antes e depois de manusear os alimentos;
  • Ao fazer compras, separar sempre os alimentos crus dos outros géneros alimentares;
  • Guardar no frigorífico, de forma separada, alimentos crus e cozinhados, seguindo sempre a regra de colocar "Os alimentos cozinhados por cima dos alimentos crus";
  • Utilizar utensílios diferentes para manipular alimentos crus e cozinhados, para evitar a contaminação cruzada;
  • Descongelar os alimentos congelados na parte baixa do frigorífico ou sob água corrente;
  • Os frigoríficos devem ser limpos e descongelados regularmente e ser mantidos a temperaturas abaixo dos 5°C.

    3.  Ao cozinhar: os alimentos devem ser sempre bem cozinhados

 

  • Os alimentos devem ser bem lavados, cozinhados e consumidos o mais cedo possível;
  • Reaquecer sempre completamente os alimentos já cozinhados, mas nunca mais de uma vez; as sobras alimentares, uma vez reaquecidas, devem ser descartadas.

Conselhos para o Sector Comercial:

  1. Certificar-se sempre de que a origem dos produtos é confiável e encomendá-los em fornecedores de confiança;
  2. Lavar as mãos com frequência e prestar atenção à higiene alimentar, ambiental e pessoal para evitar a contaminação cruzada;
  3. Cozinhar sempre muito bem todos os alimentos;
  4. Proteger os alimentos com filme plástico antes de os guardar no frigorífico e reaquecer completamente os alimentos refrigerados antes de os consumir;
  5. Os alimentos já preparados devem ser mantidos a uma temperatura adequada (pratos frios abaixo de 5°C e pratos quentes acima de 60°C) para garantir a segurança alimentar;
  6. Os preparadores de alimentos que apresentem sintomas de vómitos, diarreia ou febre devem procurar de imediato atendimento médico, para evitar a propagação a terceiros durante o manuseamento;
  7. Controlar regularmente os vectores para evitar pragas e roedores. Todos os caixotes de lixo devem ter tampa e ser esvaziados regularmente.

Apenas com os esforços conjugados do Governo, do Sector Comercial e do Público Consumidor se pode garantir a segurança alimentar e um consumo seguro!

 

011/DIR/DSA/2019