Para salvaguardar a segurança em relação ao consumo de produtos alimentares durante as festividades dos Barcos-Dragão, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) realizou, conjuntamente com os Serviços de Saúde e o Conselho dos Consumidores, análises a 30 amostras de bolos de catupá, uma iguaria típica, doce ou salgada, que é embrulhada em flor de lótus.

A iniciativa foi lançada antes do início do festival e tinha por objectivo analisar, no âmbito químico e microbiológico, as amostras do bolo de catupá recolhidas aleatoriamente junto de estabelecimentos de restauração, padarias, mercearias e supermercados, localizados em Macau. Apenas uma amostra de catupá alcalinizado e recheado de pasta de feijão foi reprovada por conter ácido bórico. As análises não detectaram qualquer anomalia nas restantes amostras recolhidas. Em resposta, as respectivas autoridades tomaram, imediatamente, uma série de medidas de prevenção, como também apelaram à população para que deixasse de consumir este tipo de bolo de catupá.

Segundo os resultados das análises, a amostra de catupá alcalinizado e recheado de pasta de feijão, proveniente do restaurante de comida chinesa “Hou Sai Kai”, situado na Zona “Toi Sán”, tinha um teor de ácido bórico de 430 ppm (partes por milhão). As autoridades ordenaram imediatamente que o estabelecimento em causa suspendesse a venda deste produto alimentar, tendo ainda procedido à sua apreensão e destruição.

Por outro lado, tendo em conta que, segundo alegações do restaurante em questão, os produtos problemáticos foram adquiridos na loja de petiscos “Kun Tong”, localizada na Cidade de Zhuhai, na Província de Guangdong, o IACM comunicou o caso, através do mecanismo de cooperação na área da Segurança Alimentar entre Guangdong e Macau, às autoridades da Província de Guangdong, para que o incidente fosse devidamente acompanhado. A par destas medidas, o IACM apelou também à população para que não consuma o produto acima referido.

O ácido bórico não é uma substância utilizada como aditivo alimentar, pelo que é potencialmente prejudicial à saúde humana. De facto, a sua utilização como aditivo alimentar é proibida em vários países do Mundo, incluindo a China continental.

Para garantir a Segurança Alimentar e proteger a saúde dos consumidores, o sector de actividade deve adquirir mercadorias junto de fornecedores de confiança, conservar devidamente os produtos alimentares, assegurar, antes da produção de produtos alimentares, que a qualidade dos seus ingredientes reúne os requisitos de higiene alimentar, utilizar devidamente os aditivos alimentares, em conformidade com as exigências da tecnologia de fabrico, expor os produtos alimentares num local com ambiente e temperatura adequada para este fim, bem como evitar que os alimentos venham a ser contaminados.

A par disso, os cidadãos devem adquirir catupás em lojas de confiança e com as devidas condições higiénicas. Durante a sua aquisição, o público deve prestar atenção às condições de salubridade dos estabelecimentos, nomeadamente se os bolos estão devidamente acondicionados em equipamentos de refrigeração (abaixo de 5℃), ler com atenção o rótulo dos catupás pré-embalados, principalmente no que respeita ao prazo de validade, e ter em atenção às informações sobre o fabricante. Nunca devem comprar catupás de origem desconhecida, com o prazo de validade expirado, com mau cheiros, não devidamente embalado ou com aspecto anormal.

Os bolos de catupá devem ser consumidos com a maior brevidade possível. Caso não sejam para consumo imediato, é necessário que o consumidor o guarde num equipamento de refrigeração com temperatura abaixo de 5℃, respeitando o princípio de colocar os alimentos cozidos na parte superior do frigorífico e os crus na inferior.

Finalmente, tendo em conta que o catupá é um alimento com um elevado teor de calorias e gorduras, deve-se evitar o excesso de consumo desta iguaria, para manter uma dieta equilibrada durante esta quadra festiva.

Para mais informações sobre os resultados das aludidas análises, queira consultar a página electrónica do Centro de Segurança Alimentar.