É Realmente um Risco de Segurança Alimentar? Será que o Formaldeído das Fitas de PVC contamina os Vegetais?

13/01/2017

        A comunicação social do Interior da China relatou alguns casos em que foram detectados níveis excessivos de formaldeído nas fitas plásticas usadas para amarrar vegetais à venda nos mercados. A contaminação de vegetais com formaldeído, a partir do contacto com as fitas plásticas apertadas, pode ser perigoso para a saúde humana já que o consumo prolongado de vegetais contaminados pode causar cancro.

 

       Dos materiais que entram em contacto com alimentos utilizados na sua embalagem, os mais comuns são: plásticos, fitas plásticas, metais, papel e tintas de impressão, etc. Quanto à possibilidade de os materiais ‘migrarem’ da embalagem para os alimentos, depende do tipo de alimento, sendo também determinado por factores como tipo de material da embalagem, temperatura de armazenamento, área da superfície de contacto e duração do contacto com os alimentos. Além disso, também se devem tomar em conta os testes relacionados com a toxicidade química, a avaliação de risco e a análise do nível de exposição alimentar. Até ao momento, não há dados científicos que confirmem que o uso de fitas plásticas para amarrar vegetais possa ser sinónimo de níveis excessivos de formaldeído nos alimentos nem que o consumo destes a longo prazo possa causar cancro ou envenenamento.

 

       As fitas plásticas usadas habitualmente para amarrar os vegetais contêm substâncias "De grau não-alimentar", incluindo formaldeído, ftalatos (utilizados como plastificantes) e metais pesados. Mas considerando que estes constituintes são muito estáveis à temperatura ambiente, é muito improvável a possibilidade de liberação de formaldeído por degradação. Quanto aos resíduos de formaldeído nos vegetais, solúveis em água, estes podem ser reduzidos por meio de lavagem, limpeza e imersão adequadas e finalmente a cozedura completa dos vegetais. Além disso, os ftalatos são substâncias químicas lipossolúveis que só podem migrar para os alimentos por contacto a uma temperatura elevada (acima de 60ºC) e durante um longo período de tempo. De uma forma geral, a superfície de contacto entre as fitas plásticas e os vegetais é reduzida, o tempo de armazenamento curto e à temperatura ambiente, e por isso o risco de contaminação dos vegetais por substâncias das fitas é relativamente baixo.

 

Conselhos para o sector comercial:

  1. Evitar a exposição à luz solar directa das fitas plásticas usadas para amarrar os vegetais, uma vez que podem libertar substâncias nocivas por exposição ao calor.
  2. Apesar de o formaldeído ser prejudicial à saúde humana, é pulverizado sobre os vegetais como conservante, para aumentar a sua vida útil de prateleira. Qualquer comerciante que aplique formaldeído a alimentos destinados ao consumo humano pode estar a violar a "Lei de Segurança Alimentar" e o IAM irá tomar as medidas necessárias, em conformidade com a Lei. 

Conselhos para o público:

  1. Antes de lavar os vegetais, deve remover-se a fita plástica utilizada para os amarrar, e impedir assim a contaminação por eventuais metais pesados contidos na tinta de impressão da fita e outros produtos químicos que possam ser libertados durante a lavagem.
  2. Lavar e demolhar cuidadosamente os vegetais, durante 10 a 15 minutos, 2 a 3 vezes, com água corrente.
  3. Cozer rapidamente os vegetais limpos em água fervente, para reduzir eventuais resíduos de pesticidas.
  4. Nunca cozinhar os vegetais ainda com a sua fita plástica para impedir a libertação de substâncias nocivas.

002/DIR/DSA/2017