Para Conhecer o Vibrião do Marisco / Vibrio Parahaemolyticus

28/09/2011

          O vibrião do marisco (vibrio parahaemolyticus) é uma bactéria halófila muito comum em ambientes marinhos, cuja concentração em sal facilita a sua proliferação. O peixe e o marisco estão muito sujeitos a contaminação por este vibrião, em especial crustáceos e moluscos bivalves como o camarão, caranguejo, ostras e lulas.

 

          O vibrião do marisco é um causador frequente de intoxicação alimentar, mas pode ser eliminado por cozedura completa, pois a bactéria não resiste ao calor intenso.

 

Como se transmite o vibrião do marisco?

  1. Em regra transmite-se através do consumo de marisco cru ou mal cozinhado;
  2. Por contaminação cruzada, devido ao manuseio indevido de outros alimentos.

Quais são os sintomas de intoxicação pelo vibrião do marisco?

  1. A intoxicação alimentar por vibrião parahaemolyticus tem um período de incubação de 2 a 48 horas;
  2. Os principais sintomas são: diarreia, dores abdominais, náusea, vómitos e febre;
  3. Os sintomas, em regra, duram de 2 a 5 dias;
  4. Se se sentir indisposto após consumir marisco, deve consultar de imediato o médico.

Como evitar intoxicações pelo vibrião do marisco?

Dicas para o público

1. Seja um consumidor avisado e certifique-se de que a fonte de água e o marisco a cozinhar são seguros

  • Adquira marisco apenas de lojas licenciadas e com bom nome;
  • Não compre marisco de vendedores ambulantes nem traga para Macau produtos marinhos não sujeitos a inspecção ou quarentena;
  • Não compre marisco que não conheça ou de um fornecedor desconhecido;
  • Compre moluscos bivalves sempre frescos, com a concha intacta e que nunca tenha sido aberta.

2. Seja cuidadoso no manuseio de alimentos crus e cozinhados, confeccionando-os em separado, para evitar a contaminação cruzada

  • Após a compra, o marisco deve ser separado dos restantes alimentos;
  • Nunca deixe o marisco entrar em contacto com alimentos cozinhados;
  • Utilize diferentes utensílios para manusear alimentos crus e cozinhados;
  • Os produtos do mar devem manter-se a baixa temperatura, para evitar a proliferação de bactérias;
  • Lave sempre muito bem as mãos, antes de manusear alimentos.

3. Os alimentos devem ser sujeitos a uma cozedura completa

  • Evitar o consumo de marisco cru ou mal cozinhado, em particular por grupos de alto risco, p. ex, crianças, idosos, grávidas e pessoas com deficiências imunológicas;
  • Todos os moluscos bivalves devem ser cozinhados até que a concha se abra e depois por mais 5 ou 10 minutos, para ficarem prontos a ser consumidos;
  • Não cozinhe uma grande quantidade de marisco ao mesmo tempo, para evitar uma cozedura incompleta.

Dicas para os comerciantes/o comércio

  1. Os alimentos devem ser sujeitos a uma cozedura completa;
  2. Evitar que os alimentos já preparados sejam contaminados por alimentos crus, seus utensílios, pessoas ou vectores;
  3. Para garantir a Segurança Alimentar, os alimentos já confeccionados devem ser mantidos à temperatura apropriada: pratos frios a menos de 5 e pratos quentes a mais de 60.

O Governo, a indústria alimentar e o público unem os seus melhores esforços para garantir a Segurança Alimentar!